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A utilidade do inútil

Numa visita às montanhas juntamente com seus discípulos, Lao Tzu encontrou uma multidão cortando árvores da floresta. Eram milhares destruindo toda a floresta, mais ou menos como ocorre nos dias de hoje.

Mas havia uma árvore enorme que ninguém se atrevia a cortar. Estava no meio da clareira, sua folhagem fazia uma sombra tal que mil pessoas poderiam ali procurar abrigo.

Lao Tzu disse a seus discípulos: "Vão lá e perguntem o motivo de não cortarem aquela árvore?"

E os discípulos foram e indagaram às pessoas, que responderam: "Essa árvore é inútil! Sua madeira é ruím não serve para fazer nenhum móvel. Não serve nem para lenha pois cria uma fumaça densa e desagradável. Suas folhas são tão amargas que nenhum animal as come. É uma árvore completamente inútil. Por isso não foi cortada".

Quando eles voltaram e contaram, Lao Tzu riu e disse: "Vejam! Eu já lhes ensinei o uso da inutilidade! Vejam a beleza desta árvore, ela está salva por ser inútil".

Algo extremamente importante foi transmitido nesta mensagem. A utilidade reside na superfície, permaneça em seu âmago mais profundo sem esquecer da utilidade do inútil.

Na verdade o útil somente é útil até que tenha certa utilidade.

A decadência

"O livro do caminho perfeito Tao-Té-Ching" de Lao Tsé


Quando o caminho perfeito se perde, fala-se de humanidade e justiça.
Quando aparecem a instrução e as regras de etiqueta, há grandes hipócritas.
Quando as relações familiares não são harmoniosas, fala-se de amor filial e amor paterno.
Quando há desordem e confusão no país, fala-se de amor à pátria.
Onde reina a harmonia está o caminho perfeito.
Quando o caminho perfeito se perde aparece a falsidade.

Estas são verdades extremamente atuais e assentam-se sob medida, ao mundo de hoje, onde o caminho perfeito raramente é trilhado, os conceitos de justiça e benevolência entraram em moda, e a hipocrisia é geral.

A corrupção alastra-se, de várias formas, sob uma aparente fachada de honorabilidade bem semelhante à da época vitoriana, na qual tanto se falou de pudor e moral, mas se caracterizou pela desenfreada devassidão.

Nestes momentos aparecem funcionários fiéis, os catões impolutos, os guardiões da ordem pública, e as relações humanas normais tornam-se simplesmente pseudovirtudes.

Obra considerada pelo mundo ocidental como sendo a bíblia do Taoísmo, é um livro normativo. Composto de sentenças, aforismos e preceitos que abordam variados assuntos e buscam interpretar o mundo e os homens.

É a mais antiga obra que esta filosofia chinesa legou à humanidade. Ignora-se a data desta obra, se bem que segundo alguns autores, teria sido redigida no IV ou mesmo III século que antecedeu a era cristã.

Importa assinalar quanto ao autor e à obra é que ambos venceram o tempo, resistiram aos séculos e tornaram-se imperecíveis. Recomendo este livro.

Na chuva


Dois amigos estavam caminhando e um deles segurava um guarda-chuva fechado, quando de repente, começou a chover.

"Abra logo seu guarda-chuva " disse um deles.

"Não irá adiantar nada", foi a resposta.

"Como não vai adiantar? Ele nos protegerá da chuva".

"Ele está imprestável, todo furado como uma peneira".

"Então, por que o trouxe?"

"Porque pensei que não ia chover.

Confuso

Um homem que tinha aberto uma loja havia pouco tempo mandou fazer uma grande placa onde estava escrito: "Vendemos peixe fresco aqui".

Chegou um amigo e disse, "Para que você colocou a palavra aqui na placa?" Ele então tirou a palavra aqui da placa.

Outro amigo apareceu e disse,"Vendemos? É claro que você vende. Você não dá os peixes, dá? Tire a palavra vendemos".

Um terceiro amigo apareceu e disse, "Peixe fresco? O peixe tem de ser fresco. Quem iria comprar peixe estragado? Tire a palavra fresco.

O dono da loja ficou grato aos amigos. Só sobrou a palavra "Peixe" na placa quando uma quarta pessoa apareceu e disse, "Peixe? Não diga! Dá para sentir o cheiro de longe!" O dono da loja apagou a última palavra da placa.

Um outro homem chegou e disse, "Que idéia é essa de pendurar uma placa vazia na entrada da loja?" O dono tirou a placa.

Outro homem apareceu em cena e disse, "Você abriu uma loja bem legal mesmo. Bem que poderia pendurar uma placa na porta dizendo, "Vendemos peixe fresco aqui".

Meu maior concorrente



Maximizar ao máximo deve ser uma brincadeira né?

Apenas com a palavra maximizar, nós já supomos que seja o máximo, então não tem fundamento algum usar a expressão anterior, ou será o meu irreverente desejo de impressionar escandalosmente, quando já estou no limite.

O termo "maximizar" vem sendo usado com extrema frequência e todos desejam ser maximizados, parece que isso está valendo tanto para os negócios como para a vida pessoal. Nossas vidas vão sendo irrefletidamente maximizadas.

Mas eu não vou aqui descrever as ferramentas maximizadas que possuímos pois isso vocês sabem melhor do que eu. Ainda hoje ocorro nessa mesma tentação, então por isso quero comentar sobre o assunto. É uma grande confusão na qual estamos sujeitos todos nós, principalmente aqueles mais envolvidos diretamente com os clientes.

Frequentemente somos levados a pensar que:  os mais rápidos; os mais potentes; os mais abrangentes; os mais inteligentes; os mais divertidos; os mais tecnológicos; os mais lucrativos; os mais sustentáveis; os mais inovadores; os mais puros; os mais vencedores; enfim esses é que são os melhores.

Que valores estaremos criando com esta onda de maximização? Será que ainda conseguiremos manter a integridade dos nossos atos e responsabilidades?

Ou corremos o risco de nos maximizarmos também com manobras ilegais e criarmos a sedutora regra de levar vantagem em tudo. Certo!?

Em muitas práticas já consagradas não costumamos questionar e por vezes tão pouco as analisamos profundamente, mas elas podem não fazer sentido algum para nossa empresa, nossa profissão ou com nossos clientes. Certas práticas jogam-nos em armadilhas e vão contaminar nossos investimentos.

As ações praticadas na busca de metas e objetivos, deve estar embasada em argumentos válidos e dentro de práticas defendidas com normas de integridade. É necessário analisarmos tudo sobre nós e nossos clientes, e sabermos separar as inverdades. Cuidado com análises executadas pelos que não vêm, ou que não desejam ver.

Mas isto é importante? Sim! Apesar de nossos erros serem inevitáveis e acontecerem o tempo todo, devemos aprender com eles para sabermos quando mudar de estratégia pois ainda existem investimentos em jogo.  

Quando queremos maximizar tudo ao máximo, dificilmente conseguimos enxergar corretamente as reais situações por acreditar cegamente nas ferramentas sem avaliação do conjunto. Não podemos fechar os olhos e pular confiantes na cova das feras, acabou-se o tempo que habitávamos entre posições definidas por imbecis.

Constantemente erramos nas avaliações básicas, então será muito comum que eu mesmo esteja dificultando meu próprio progresso. Creio que meu maior concorrente sou eu mesmo!

A lente do negócio


Um dos trabalhos do profissional de vendas é competir pela atenção onde quer que esteja. Porém depois de conquistada a atenção, precisa mostrar que a mereceu.

Não importa o que fizemos para conquistar a atenção, se precisamos nos vestir de Homem-Aranha, se contamos piadas ou fizemos alguma mágica. Mas depois que a platéia ficou ligada em nós, vem a parte da razão.

Porque somos tão vidrados em chamar a atenção e esquecemos a razão, que é a consistência de tudo?

As conexões com os clientes precisam estar na base da jogada, e aquela mágica encantadora precisa agora dar lugar a um conteúdo real de valores que interessam ao cliente. Então porque todo o mundo acha tão difícil dar o segundo passo e mostrar que merece a atenção já conquistada. Será que não têm nada a crescentar, nada para valorizar ou se preocupar?

Por isso muitas empresas ficaram gastas pelo uso, não são mais um mistério, não entendem os seus clientes, não são notadas, estão sem imaginação e sufocadas.

Outras baseadas nos acúmulos de experiências passadas, ficaram apáticas apoiadas em seus pedestais. A experiência é útil no lance inicial e vital para a sobrevivência, mas não vence uma partida.

Existe algo mais em jogo. Os clientes buscam algo mais, insistem em mais e querem ótimas opções, nos dias de hoje suas expectativas são bem maiores.

Algumas das empresas que agora estão na frente evoluíram ao interpretar melhor o alarme que anunciava o fim da jornada. Elas estão agora sobre a mina de ouro, com produtos de primeira e regozijando-se com as margens de lucro.

Nós não precisamos esperar tomar um soco no nariz, ou o golpe fatal do nocaute.

Vamos procurar a experiência de campo, tirar a bunda da cadeira e conversar cara a cara com os clientes. Vamos fazer um balanço sincero do nosso conteúdo.

Não devemos permitir que transformem em comum o que temos de mais valioso.

Revisão da matéria publicada neste site em 17 de Agosto de 2008.
Publicado também no: www.walterluznegócios.com.br

Qualidade constante

Ele se chama Jidoka, e é um processo capaz de parar o fluxo de produção quando ocorre qualquer anomalia.

Está relacionado ao aspecto qualitativo do sistema de produção e teve sua origem ligada à automação da máquina de tear fabricada por Sakichi Toyoda (1867-1930), fundador da Toyoda Automatic Loom Works, considerado um dos dez maiores inventores da história contemporânea do Japão e inventor da máquina de tear automática.

O problema do tear automático era que a máquina continuava funcionando mesmo diante de um fio rompido e o defeito só seria detectado quando o processo estivesse concluído, tendo produzido muito tecido defeituoso. Em tal situação, se um fio rompesse, a máquina continuaria produzindo tecido com defeito. Para evitar produzir defeito, havia a necessidade de ter um operador tomando conta da máquina como se fosse um vigia que, diante de qualquer anomalia, deveria parar a máquina.

A solução que Sakichi inventou e colocou em prática em 1924 foi uma máquina de tear dotada de dispositivo que parava a máquina quando: detectava o rompimento da linha, o fim da linha ou a quantidade programada atingida.

Assim puderam liberar o operador que ficava como vigia tomando conta das máquinas à espera das ocorrência de anomalia. Jidoka é: "Dotar uma máquina com dispositivos e recursos que ao detectarem qualquer anomalia param a máquina, evitando assim produzir a não qualidade".

Mas tem mais. Como nem todas as atividades são realizadas apenas por máquinas, por exemplo as atividades de uma linha de produção e montagem, com participação de atividades manuais, como funciona o Jidoka? É o operador quem pára a atividade ao descobrir uma anormalidade.

Na Toyota o operador tem obrigação e o dever de parar a operação quando ele detectar alguma anomalia. Este é o comprometimento de não passar para operação ou processo seguinte as peças ou trabalhos com defeitos.

A parada é seguida de um alerta ou sinalização emitida pelo operador através do acionamento de cordões (ou botões) dispostos ao longo de toda a linha de montagem e ao alcance dos operadores. Deste modo o Jidoka é tanto aplicado em máquinas, como foi a sua origem, como em atividades que envolvam intervenções humanas.

O objetivo, em qualquer das situações é detectar qualquer defeito e fazer parar a operação ou processo para evitar a produção da não qualidade.

Como a sua empresa encara estes processos? Continua produzindo a não qualidade?