A decadência

"O livro do caminho perfeito Tao-Té-Ching" de Lao Tsé


Quando o caminho perfeito se perde, fala-se de humanidade e justiça.
Quando aparecem a instrução e as regras de etiqueta, há grandes hipócritas.
Quando as relações familiares não são harmoniosas, fala-se de amor filial e amor paterno.
Quando há desordem e confusão no país, fala-se de amor à pátria.
Onde reina a harmonia está o caminho perfeito.
Quando o caminho perfeito se perde aparece a falsidade.

Estas são verdades extremamente atuais e assentam-se sob medida, ao mundo de hoje, onde o caminho perfeito raramente é trilhado, os conceitos de justiça e benevolência entraram em moda, e a hipocrisia é geral.

A corrupção alastra-se, de várias formas, sob uma aparente fachada de honorabilidade bem semelhante à da época vitoriana, na qual tanto se falou de pudor e moral, mas se caracterizou pela desenfreada devassidão.

Nestes momentos aparecem funcionários fiéis, os catões impolutos, os guardiões da ordem pública, e as relações humanas normais tornam-se simplesmente pseudovirtudes.

Obra considerada pelo mundo ocidental como sendo a bíblia do Taoísmo, é um livro normativo. Composto de sentenças, aforismos e preceitos que abordam variados assuntos e buscam interpretar o mundo e os homens.

É a mais antiga obra que esta filosofia chinesa legou à humanidade. Ignora-se a data desta obra, se bem que segundo alguns autores, teria sido redigida no IV ou mesmo III século que antecedeu a era cristã.

Importa assinalar quanto ao autor e à obra é que ambos venceram o tempo, resistiram aos séculos e tornaram-se imperecíveis. Recomendo este livro.

Um comentário:

Dublado disse...

eu tenho e gosto mto desse livro. excelente !