Dizem que o instinto existe independente de qualquer intelecto, e que sempre nos mostrará um caminho com mais segurança do que a própria razão.
O nosso instinto seria sempre infalível, se não fosse contaminado pela deficiente educação, por orgulhos infundados e por egoísmos absurdos. O instinto deveria poder moldar-se a todas as nossas estranhas necessidades, podendo ser um fantástico aliado da nossa inteligência.
Instinto humano é um assunto usualmente esquecido embora extremamente importante em todas as etapas da nossa vida, quando educações e educadores infelizes nos deixaram estéreis e incapacitados de poder interpretar verdadeiramente a bússula universal.
Gerações continuarão sendo afetadas pela suprema força de interesses finitos que nos abraça insistentemente, e obriga a silenciar o grito de uma verdade original. Em troca nós garantimos uma servidão totalitária e irrestrita que continuará deixando-nos enganados e incompletos. Escandalosamente carentes da suprema faculdade.
Como poderemos discernir nossos instintos das habilidades adquiridas? Isto que vem afetando verdadeiramente nossos sentidos e criando multidões repletas de conceitos ensinados fora da dimensão criadora.
Mas eles ainda preferem continuar formando imitadores, bonecos de expressão egoísta, soldados de uma cruzada vital. Que tenho feito eu para poder me livrar deste destino que aparenta vir a ser estúpidamente coletivo?
Uma busca individual e seletiva poderia afiar o meu instinto?
Longe de permanecer estranho a mim mesmo, preciso chamar de minha a responsabilidade e decidir não usar intermediários em algo que é extremamente individual. O encontro comigo mesmo deve existir, sem medo ou receio da verdade absoluta.
Um grande trabalho interior ainda aguarda guarida em nós, será que conseguiremos entender isto?
O sol da capacidade de compreensão não poderá permanecer oculto para sempre, sendo individual ele espera acompanhar sem falta todos os passos da nossa vida. Dela vai depender a nossa felicidade, a doença e a saúde.
